Resenhas

Mentally Defiled - Aptitude for Elimination 

Destruição pura!! A banda Grega mentally defiled faz um Thrash Metal bem cru com uma pegada oitentista e sem frescura. Recomendo para fãs de banda como Nuclear Assault, Kreator, Exodus, D.R.I e etc. A banda nasceu em 2001 como banda cover mas tempos depois começaram a fazer suas próprias musicas bebendo da fonte do Thrash old-school. Eu nunca tinha parado para ouvir bandas da Grécia. Sou mais ligado em bandas da America Latina, bandas em português e em espanhol, mas confesso que esse som me agradou bastante.

*Por: Maicom Douglas
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Savage Wizdom – A New Beginning (2014)

Caralho, que banda! Geralmente não noto os Estados Unidos revelando muitas bandas de Heavy Metal tradicional, mas quando lançam também, puta que pariu! Excelentes exemplos são bandas como Manowar, Jag Panzer, Seven Witches, e com a Savage Wizdom não foi diferente! O que temos aqui é um disco que sustenta uma forte característica oitentista, influenciado por bandas como Iron Maiden, Helloween, Accept, Blind Guardian, alternando partes rápidas e mais cadenciadas, um Heavy Tradicional, pendendo horas para o Speed Metal e até ao Thrash Metal da Bay Area, com um vocal notoriamente influenciado pelo Bruce Dickinson, ainda que algumas horas seu timbre lembre o de Tony Martin, mas tudo isso conseguindo estabelecer uma característica própria, sendo possível identificar suas influências, mas sem sentir como cópia. A produção está excelente, a banda destila solos de guitarra e bateria de forma muito competente, o baixo está com o peso na medida certa e como um conjunto harmônico, a banda empolga e muito! Não há como destacar uma só música! É o que fica claro ao ouvir “Let it Go”, com seus riffs rápidos, pesados e constrastando com baterias mais cadenciadas, e participação de Blaze Bayley (ex-Iron Maiden) e “Point of No Return”, ambas com uma levada bem Heloween, fase The Time of The Oath, as mais Speed Metal, “The Barbarian” e “Trail of Sorrow”, com seu clima de mistério, seus bumbos duplos, riffs cortantes e solos muito bem executados. Esta música alterna partes rápidas, cadenciadas e uns dedilhados e teclados bem mórbidos e samplers de chuva e tempestade. As mais Heavy “Do or Die”, “A New Beginning”, e “Far Away”, esta com dedilhados à Blind Guardian, se desenvolvendo em riffs à Accept e Iron Maiden, com vocais agudos e côros excelentes! “Chase The Dragon” com sua levada Heavy/Thrash à Bay Area e um refrão também marcante e “Shattered Lives”, que alterna levadas mais Heavy, evoluindo à bumbos mais rápidos, bem Power Metal. Sem dizer que é Metal feito em família, pois o guitarrista Steven Montoya é filho do vocalista Steve Montoya! Sem dúvidas, uma das melhores bandas que ouvi nos últimos tempos, e que vou querer acompanhar! Se você curte Heavy/Thrash/Power Tradicional e sem frescuras, essa banda é uma excelente pedida, com garantia total de não se arrepender! Altamente recomendável!!!

Links:

*Por: Thiago Perdurabo
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Roadhog – Dreamstealer (2015)

Simplesmente perfeito! Essa banda polonesa faz um som Heavy anos 80, pura e simplesmente. Um som sem frescurites ou tendências, apenas o puro Metal da velha escola. Isso pode ser ouvido em seus riffs, vocais e até nos timbres. A gravação logo de cara parece ter sido gravada em algum estúdio em 1982, mas quando sabemos que o álbum é de 2015, realmente surpreende pela perfeição alcançada! É um som recente que te leva a uma viagem no tempo, nos tempos mais áureos do Heavy Metal, quando bandas como Quiet Riot, Krokus e similares estavam no auge de suas carreiras, influenciando toda uma geração de músicos ao longo do planeta. Notamos uma forte influencia da cena da NWOBHM aqui, um Heavy beirando o Speed em algumas ocasiões, o que pode ser conferido em faixas como “On The Witches Path”, “Dreamstealer”, “Chasing the Storm” (essa ainda mais levada para o Speed), com um refrão realmente grudento e “Roadhog”, as mais Heavy “Dead of the Night”, “Run from the Devil”, a excelente “Taste Your Sin”, bem Running Wild, também com um refrão bem marcante, e Poison Man, essa mais levada ao Heavy/Hard. Excelentes solos, vocais bem Old School e linhas de baixo bem pesadas e trabalhadas são destiladas durante todo o álbum. Repito, Heavy Tradicional. Não preciso falar mais nada, isso define completamente e mostra ao que vieram! Desejo pessoalmente que surjam cada vez mais bandas como essa! Ouçam e comprovem o que estou dizendo! Satisfação garantida!!!

Links:

*Por: Thiago Perdurabo
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Monstractor - Recycling Thrash

Monstractor é um Power Trio de Resende, sul do estado do Rio de Janeiro, formada por: Christian Klein: Baixo/Vocal, Monsterman: Guitarra e Demetrios: Bateria, e fazem um som bastante empolgante de se ouvir! Este material em questão foi produzido pelos mestres do Thrash Metal nacional Marcello Pompeu e Heros Trench, reconhecidos por seus excelentes trabalhos em Produção Musical e também por sua banda, o Korzus. O material foi gravado em mixado em São Paulo por ambos, no Mr. Som Studio, um dos melhores do país para o estilo. O que temos aqui é um excelente Thrash Metal, mesclando a veia Old School dos anos 80, muito Bay Area porém também várias passagens do Thrash alemão, com influências de bandas dos anos 90, como Slayer, Pantera, Kreator, Nuclear Assault, entre outras. Inclusive, boa parte do disco é fortemente influenciada pelo Slayer das fases Reign in Blood e Seasons in the Abyss, mas com vocais à Sepultura, no Arise. E tudo isso sem se tornar uma cópia das bandas mencionadas. "Take the Suffering", faixa de abertura e "Bermuda Triangle" vem com uma forte pegada Slayer, unindo velocidade e partes mais cadenciadas e tradicionais, destila solos violentos, agressivos e insanos, sendo na primeira faixa, alguns riffs beirando o Death Metal, sendo impossível ficar parado ao ouvir. "Monsterman" já vem numa linha mais Kreator fase Extreme Agression, com algo de Exodus e Metallica antigos, mas à medida que a música vai evoluindo, entram com partes mais grooveadas à Pantera, com vocais bem gritados e agressivos. "Lycanthrone" tem um riff inicial misterioso e cadenciado, indo em seguida a uma pegada estilo fim dos anos 80 e começo dos 90, seguindo com uma parte bem rápida e um solo violento e  rápido. "Whiskey Hangover" também mescla partes rápidas e partes mais grooveadas, sem ficar chato, provando que se a intenção era reciclar o Thrash Metal com o melhor das décadas passadas, o trabalho aqui foi majestosamente bem sucedido! "Brazilian Roswell" é uma de minhas preferidas! A história na letra da música conta sobre um dos casos mais enigmáticos da Ufologia brasileira, a Operação Prato, ocorrida no Pará entre Outubro e Dezembro de 1977. Até hoje os ufólogos buscam explicação para tal fenômeno das luzes que vinham dos céus e atingia aos moradores da pequena cidade de Colares e os feria. Curiosamente, militares e médicos não eram feridos, apenas os moradores da cidade. Uma música rápida e com riffs bem oitentistas, muito bem trabalhados e com algumas guitarras dobradas. Perfeito para abrir aquela cerveja bem gelada e bangear até dar torcicolo! Foi lançado o clipe dessa música recentemente, poucas semanas antes do lançamento do CD. "Death by Walrus" começa com uma intro de baixo e bateria bem pesada, com a guitarra surgindo e completando o peso em uma base cadenciada e vocais na linha do Metallica nos primeiros anos de carreira, porém mais agressivos, com um refrão que fica à mente no mesmo momento! "Immortal Blood" é uma música rápida e com passagens mais grooveadas à anos 90, com partes bem trampadas de bateria e também bem pesada. "Vultures" vem na linha Bay Area, surgindo com uma intro dedilhada, e em seguida surgindo um riff abafado, sujo e agressivo, com altas doses de ira! Em momentos lembra South of Heaven, pelas partes cadenciadas e dedilhado mórbido, um solo arpejado e violento e alavancadas gritantes e odiosas. "Corrosive Envy" vem numa linha Bay Area, na linha do Megadeth. Riffs pesados, vocais inclinados ao Heavy/Thrash, e levada bem Heavy tradicional na guitarra e bateria. Uma volto ao tempo de ouro do Thrash Metal mundial! "The 4th Kind" vem com uma intro de guitarra, logo seguindo a música com riffs pesados, rápidos bem trabalhados, também bem anos 80. Fecham o disco com o cover "The Brood", do antigo Expantor, banda de Resende fundada pelo próprio vocalista Christian Klein, que gravou uma demo de mesmo nome em meados de 2001. Esse som é bem levado pro Heavy/Thrash à Metallica, com um refrão excelente e grudento. Um solo bem Heavy e bateria mais cadenciada. Enfim, um excelente álbum que demonstra toda a capacidade dos músicos e o que uma excelente produção pode fazer! Um álbum que simplesmente não se consegue ouvir apenas uma vez! A todos que curtem Thrash Metal da Bay Area dos anos 80 e apreciem a fusão com os anos 90, esse material é um daqueles que não poderia faltar em suas coleções!

Da esquerda para direita: Demetrios (Bateria), Christian Klein (Baixo/Vocais), Monsterman (Guitarra)

Links:


*Por: Thiago Perdurabo
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Deadpan - In Alliens We Trust (2015)

"In Aliens We Trust", um álbum conceitual sobre a fábula de um extraterrestre enviado à Terra para estudar o comportamento humano. Aqui, ele, EoN, conhece um menino chamado Adam, e passa a acompanhá-lo ao longo de sua vida para tentar entender os costumes da humanidade. O disco traz um encarte muito bem produzido, com as histórias e as letras, referentes a cada parte da história, como capítulos. A temática traz letras reflexivas sobre os questionamentos intrínsecos a cada ser humano, com suas dúvidas, frustrações, fraquezas, inocência forjada e hipocrisia, sobre a capacidade que o ser humano tem de manipular a seus semelhantes. O disco todo se caracteriza pelos tempos quebrados, ora rápidos, ora mais cadenciados, vocais viscerais e instrumentos muito bem trabalhados, destacando uma cozinha notadamente influenciada pelo Death das fases Symbolic e The Sound of Perseverance, com umas guitarras às vezes na linha do Voivod, na época do Dimension Hartross. Um trabalho realmente interessante e empolgante desse power trio catarinense da ilha de Florianópolis. A banda é uma excelente surpresa e uma das melhores que ouvi nos últimos tempos.

A produção está muito acima da média e a banda conseguiu desenvolver seu estilo próprio, pois apesar das influências, não copiam ninguém. Os músicos são excelentes e destilam temas pesados e psicodélicos, reflexivos, ora melancólicos, ora esperançosos, ora odiosos. É uma banda bastante interessante de se conhecer, e todos devem manter a atenção nesta banda! Vale muito à pena comprar o CD físico e ter o excelente trabalho gráfico e o livreto com a história e as letras.

Este trabalho está sendo distribuído em parceria entre a banda e os selos Hooligans Distro (Florianópolis/SC), Violent Records (Santos/SP) e D.F.L. Productions (São Paulo/SP). Destaque para a faixa-título "In Aliens We Trust", que começa com a bateria de Igor Thiesen e vociferando repetidamente seu título. O clima dessa é bem Voivod. Destaque também para "Unmasked Living", que começa com um clima bem Thrash, "Life Olympic Games", com suas levadas Death Metal tradicional e "Two Faces", com seu início reflexivo, simulando um sino e fazendo uma intro com a guitarra e o baixo fazendo um clima bem banda Death. O álbum possui 6 músicas, sendo: "A Mature Song", que fala sobre as ilusões que o ser humano tem, como a maneira que se programa durante a vida: ter um emprego, trabalhar duro, casar, construir um patrimônio e envelhecer, achando que isso preenche o vazio que todos sentem. "Unmasked Living", que é sobre as máscaras que cada ser humano usa em seu dia-a-dia, para viver de uma aparência que nem sequer entendem o por quê de o fazerem. "In Aliens We trust" fala sobre a esperança que os extraterrestres podem representar como intervenção para uma melhoria da raça humana. "Life Olympic Games" fala sobre as competições que a humanidade cria a cada dia entre si, sobre todas as coisas. "Standard" se refere às imposições culturais e o estilo de vida praticamente empurrado goela abaixo todos os dias a todos nós, seja pela mídia, governo ou religião. e "Two Faces" retrata um rebanho de "ovelhas" e seus pastores, sempre preocupados em ganhar dinheiro e poder às custas da fé de gente desesperada e confusa.

Algumas passagens das letras:

"Decepção e tristeza se transformam em um único sentimento: Raiva.
Humanos se distanciando de seus semelhantes, perdendo o pensamento crítico e competindo diariamente entre si, intoxicados pelo ambiente em que vivem. Como resultado, transformam-se em seres apáticos, 
semvontade de serem únicos".

"Mente, corpo e alma estão apodrecendo".

"When are you growing up? They asked me.
Walking around with full bags and empty heads"
(A mature song).

"Yes, you are a just pawn
No, you make no difference
Yes, a job can kill you
No money can hide
The pain you feel"
(Unmasked Living)

"The Earth is now in pain
Humans are lost
Moral and ethics are long gone
Greed and power took their place"
(In Aliens We Trust)

"Do you want to be an athlete?
Be in a big competition?
I have great news
You are already in one
Life Olympic Games
A competition we can not escape"
(Life Olympic Games)

"Os humanos dominaram a habilidade de clonarem a si próprios"?

"We are all the same! I just want to be like them"!
(Standard)

"Don't worry to question, they have the answers!
Do it their way and you will be ok!
Spread the word and give them your money!
We are all equal, they say, but they have the power!
Praying Love Executing Hate"
(Two Faces).


Contato:


*Por: Thiago Perdurabo
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Lasher Zombie (Belize) - Life's Final Warning

*Por: Romvilla (METAL MAYHEM RECORDS) em Metal Archives.
Tradução: Thiago C. (Obscure Compromise Webzine).


Num pequeno país caribenho localizado na América Central, onde Punta Rock Music, Reggae, Soca e Dancehall são muito apreciados, surge em 2006 a Lasher Zombie, como única banda no meio. Quem imaginaria que a música Metal existiria em Belize?

Para fazer esse primeiro review da banda no site, devo me remeter a seu álbum de estréia de 2011, "Life's Final Warning". Este é, aparentemente, o primeiro álbum de Metal lançado neste país onde resido, e vejo que esse álbum de curta duração não é um álbum daqueles de grandes produções. No entanto, você não precisa de um estúdio altamente tecnológico para criar boa música, apenas puro talento e amor pela mesma como é visto neste trio dedicado que só queria criar algo, mas algo original, no sentido que os fez tornarem verdadeiros artistas.

Agora, sobre as músicas deste álbum, já haviam sido postadas em seu Myspace oficial anos antes do lançamento oficial, o EP foi lançado pelo selo END OF VIOLENCE DISTRIBUTION. Assim, os headbangers locais já bangeavam desde então. Foram essas primeiras músicas e mais algumas que criaram uma nova legião de aficcionados dando cada bit de sua energia no mosho do evento anual Metal Mayhem, do vilarejo de Corozal.

"Back from Death" começa o álbum nos levando ao começo dos anos 90, quando o Death/Thrash de bandas como o Sepultura, por exemplo, estavam no auge. Quando ouço esta faixa não tenho dúvidas de que o Sepultura é uma de suas maiores influências. "Back from Death" é uma faixa alta, agressiva  e veloz. Seus vocais crus interagem com um baixo que se distingue por distribuir poder por toda a parte. Seu clímax é percebido aos 2 minutos e 10 segundos, seguindo um curto período mais lento de 1 minuto e 55 segundos. Seus riffs cativantes e extravagantes, que na minha opinião são bem arranjados e executados, fazem dessa música uma de suas faixas mais populares até a presente data.

A segunda faixa do EP é "Brain Grinder Ah Puch", sua introdução é um riso alto e aterrorizante, sendo uma boa trilha sonora para casas mal-assombradas, fazendo-me sentir como se o deus Ah Puch (Deus Maya do Inframundo) tivesse sido invocado e despertado. É exatamente sobre isso que trata a letra desse som. Esse som tem vocais Gore, tornando-se a primeira banda a versar o estilo no país. As linhas de baixo seguem dando maior profundidade ao tema. Este começa cadenciado e vai progredindo até partes mais rapidas, e eu realmente acho que essa é uma de suas músicas mais pesadas até agora.

A última faixa, "Infernal Dreams", é um Death/Grind brutal, com linhas de baixo técnicas e vocais cavernosos. A letra fala de um homem que é assombrado em seus sonhos e atraído para matar pessoas. Com essa terceira faixa no álbum, a banda busca em sua criatividade uma alternativa para não se manter em um único caminho de construção musical, o que é respeitável, e todas as músicas estabelecem um clima diferente em sua execução e natureza.

Até onde eu saiba, foi esse lançamento oficial que fez a Lasher Zombie se tornar inovadores e pioneiros do Metal em Belize e uma influência para as bandas locais que se formaram em seguida. No geral, eu tenho que dizer que este trio lançou um realmente bom, porém curto EP em 2011, que imediatamente foi seguido por seu full-lenght mais conhecido internacionalmente "Back from Death". "Life's Final Warming" foi um lançamento totalmente esgotado em formato CD, onde foram distribuídas apenas 30 cópias de forma independente. Mesmo que o material nao tenha tido uma boa produção e a bateria pareça se arrastar ao fundo, a música que criaram foi feita por pura paixão e arte.

Review original em Inglês: 

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Obscvrii Lvnae (Portugal) – Ruína Granítica


Pra quem gosta de sons Ambient, como Burzum e Marblebog, esta banda portuguesa é uma excelente pedida!! Numa intro de pouco mais de um minuto, a faixa-título, percebemos uma típica intro, com sons de sinos, ventos e teclados murmurantes!!

Logo em seguida, vem "Cold Rain that Burns", lembrando bastante o Burzum em seu álbum “Filosofem”, com sons de florestas, rios correndo e bateria de marchas militares, lembrando as trilhas sonoras de antigos filmes de batalhas medievais! “Doença” vem logo em seguida. Inicialmente se pensa que vai ter o mesmo clima, com sons de chuva no começo, mas logo em seguida, apesar do clima ambiente e medieval, presente em todo o álbum, há também instrumentos convencionais, agregados a um vocal bem Darkthrone, da fase “Transilvanian Hunger”, e no decorrer da faixa, ruídos de espadas aparecem em meio ao atormentado e caótico som!! Lembrando bastante a hordas de Misanthropic Black Metal, com uma aura totalmente negra e sangrenta, e som bem Raw, junto com as tradicionais marchas de guerra!! “Negro Destino, a Morte”, vem em seguida, em total som Ambient, com apenas teclados, bateria e vocais, bem melancólicos e odiosos, depois entrando guitarras ríspidas, com riffs lembrando o Satyricon, no álbum “Dark Medieval Times”, e logo em seguida caindo em fúnebres e sarcásticas partes, ainda mais melancólicas e viajantes!! “Sons do Crepúsculo” já é bem mais raw, apesar de ainda com um grande clima atmosférico, porém começa mais Bathory (Old) e logo em seguida volta às partes Satyricon mencionadas, e também algo da fase “Nemesis Divina” , da banda já citada, com alguns teclados bem atmosféricos, lembrando o antigo Varathron, e com alguns vocais guturais no decorrer do tema citado! “Renascer Infinito” é como se fosse um outro, e se trata de um teclado, com som de cravo bem atmosférico e enlouquecedor, com ruídos de sinos, assim como o começo!!

Enfim, uma excelente horda portuguesa, viajante e caótica, melancólica e torturante, como sempre deverá ser!!!! A qualidade da produção está bem típica e suja também!! Altamente recomendado para fãs de Burzum, Marblebog, Satyricon (Old), Darkthrone,Bathory e outras do estilo!!!!


*Por: Thiago Perdurabo
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Bruma Obscura (Portugal) – Murmúrios da Serra


Primeira demo dessa nova, mas já grande promessa do verdadeiro Black Metal Europeu, Bruma Obscura!! Capitaneada pelo guitarrista da banda Death/Thrash portenha Skyeyes, Lino Revage. Fazem um som bem tradicional, inspirado em grandes hordas como Gorgoroth, Mayhem e Ancient (Old), e tudo isso cantado na língua pátria da horda, o Português Lusitano!! A primeira faixa, “Majestosa Bruma da Noite”, vem com uma bem feita intro em teclado, como as antigas bandas do estilo, e logo entra num excelente Black Metal, cru, porém bem tocado em sua proposta e com um clima bem medieval, caótico e melancólico! Aliás, isso percebe-se em todo o decorrer da demo!! Um vocal que horas lembra Dead no lendário Split Mayhem/Morbid, ora lembra vocais de hordas tipo o Marblebog (Hun). Muito boa mesmo!! Logo em Seguida vem “Ode ao Granito”, essa visivelmente influenciada em sonoridades como as do Gorgoroth, da fase Pentagram!! Com um clima cadenciado e ao mesmo tempo bem ríspido, e vocais agonizantes, logo caindo em levadas bem medievais à Ancient (Fase Svarthalvheim). As outras duas músicas, “Bruma Oculta” e a faixa-título “Murmúrios da Serra”, também não fogem à risca das outras faixas da Demo, sendo essa última, mais melancólica e com climas medievais!! Altamente recomendado para fans de bandas Ambient/Raw Black Metal, que apreciam o Black Metal cru em sua mais pura forma, odioso, agonizante, caótico e blasfemo como tem de ser!!!!


*Por: Thiago Perdurabo
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Frozen Cruelty (Portugal) – Masmorras

Do caralho!! Quando escutamos a primeira faixa, “Crueldade Gelada”, dessa Tape do Frozen Cruelty, percebemos um muito bem composto, cru e ríspido Black Metal, nos moldes de bandas dos anos 90, como Mayhem, Emperor, Baltak e outras na mesma linha. 

Logo, notam-se riffs gélidos, indo de encontro ao contexto da música, aliados à uma bateria violenta e um vocal bem à Ancient (fase das Demos). Em seguida, vem “Heresia”, não menos violenta, porém com alguns climas mais cadenciados, no decorrer da mesma, mas nada de teclados, melodias “amigáveis”, nada disso! A banda mantêm toda sua violência nessas cadências! Em seguida vem a faixa-título, “Masmorras” tem climas tanto violentos como cadenciados como a faixa anterior, mas os climas cadenciados aqui são mais constantes que na outra faixa (mas lembrando que essas cadências às quais me refiro são aquelas cadências comumente encontradas em hordas mais antigas, como o Bathory dos primeiros álbuns), e chegando por vezes a lembrar bandas brasileiras, como Uraeus e Mordor, por exemplo. A última faixa, “Horizonte Negro”, tem um clima bem Mayhem, fase “De Mysteries Dom Sathanas”, isso nota-se claramente durante todo o decorrer do tema, com algumas passagens que chegam a nos lembrar o Darkthrone, da fase “Under a Funeral Moon” e também, mais uma vez, a bandas Sul-Americanas, como os Colombianos Blood and Disaster. Vale ressaltar que a banda leva à cabo um verdadeiro Black Metal, cru, ríspido, brutal, violento e ao contrário de muitas hordas pelo mundo, cantam em seu idioma natal: O Português Lusitano!! Boa pedida para quem curte bandas como as acima citadas, pois certamente não se arrependerão!!


*Por: Thiago Perdurabo
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Tenebrarvn (Portugal) – Invoke Wrathfull Lore


Quando ouvimos a primeira faixa “Blade of the Old Religion”, temos a primeira impressão de estarmos ouvindo a música “Rotting”, do Sarcófago, mas logo em seguida essa impressão é apagada por um clima denso, como uma mistura de Dissection, Ancient (demos) e Sarcófago (fase INRI). Riffs crus, um tanto tradicionais e às vezes bem viajantes, porém sem perder a sonoridade fúnebre e gélida que acompanha a banda durante todo o decorrer da Tape. As baterias “blast-beats” em quase todo o decorrer da faixa, são o que mais nos remete ao antigo Sarcófago, sendo notadas as influências de forma bem latente! A segunda faixa, “Tears for Eternal Monuments”, nos remete a hordas como o Satyricon, em sua fase “Nemesis Divina”, porém com um vocal gutural no começo, lembrando bastante o Darkthrone, fase “Soulside Journey”. Essa mesma faixa, segue com o clima Satyricon em todo seu decorrer, mas com guitarras viajantes à Ancient, inclusive alguns solos, os quais também são bem latentes as influências encontradas, da mencionada banda. “Aurora Lunar’s Rise” é uma faixa totalmente instrumental, lembrando o Malefactor (Bra), em algumas viagens, em seu primeiro álbum “Celebrate thy War”, e também bandas Ambient, como o Croata Gorkharid. A quarta faixa, “The Shade of Ancient Towers”, continua com o mesmo clima das outras faixas, ressaltando que a Tenebrarvn tem latentes influências das hordas mencionadas, porém, conseguem sobressair e fazer um som próprio! A faixa seguinte “Scars Over the Firmament” também segue o mesmo clima ríspido, cru, violento e às vezes medieval, contando muito a parte dos riffs-solos de guitarra. A última faixa também é totalmente instrumental. “Upon the Ruins of Aeons”, começa com um acorde dedilhado de piano e guitarra limpa, com sons de ventos, sendo logo em seguida brindada por um solo melancólico e bem viajante, bem reflexivo mesmo! Logo em seguida, em meio ao som de ventanias e murmúrios, vem um piano arpejado, junto a um som de corneta, e uma percussão, sendo assim, uma faixa bem Ambient e da melhor qualidade!! Aos que gostam de uma vertente Raw, porém mais viajante do Black Metal, sem perder partes violentas e rápidas, o Tenebrarvn certamente vai agradar e muito!!


*Por: Thiago Perdurabo
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Stygia (Peru) – Promo CD

Death Metal Tradicional Sul-Americano! É o que te vêm à mente logo que põe o CD pra tocar! “A Blackened Dream” é uma excelente música, começando com um clima totalmente tradicional, lembrando bandas como o Sinister (Old), seguido de uma levada mais Splatter à Pungent Stench (For God Your Soul... For me Your Flesh). Riffs à Slayer e Morbid Angel também são percebidos no decorrer da mesma e um solo bem à Sarcófago e Vulcano, bem característico do Metal Sul-Americano dos anos 80. 


“From the Dephts (Short Version)”, vem logo em seguida com uma levada bem Deicide (Once Upon the Cross), com palhetadas mais abafadas à “When Satan Rules his World”. com vocais bem Miasma, como se pode perceber em todo o decorrer desse Promo. Algumas passagens, nos remetem à algumas faixas do Calvary Death (Jesus, intense weeping). Em seguida, a última faixa desse play, “Sed de Sangre”, cantada em seu idioma pátrio, o Espanhol, continua com a climática Morbid Angel e Decide, porém com algumas partes de tempos quebrados em seu início, bem interessantes mesmo! As palhetadas abafadas à Sarcófago aparecem também em climas mais cadenciados, que nos levam a bangear incessantemente, em partes de sonoridade mais oitentista, com um solo, bem típico também, no começo cadenciado, mas logo em seguida tomando um rumo mais veloz! As linhas de vocal se baseiam em Guturais com algumas partes rasgadas em todo o Promo! Vale ressaltar que a produção está bem acima da média e a banda se saiu muito bem, apesar de gravar esse promo em apenas 3 horas!! Vale recordar que este promo é apenas uma prévia do seu CD, que já está em processo de gravação.


*Por: Thiago Perdurabo

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